SOBRE SE CONHECER E CONHECER A PRÓPRIA HISTÓRIA
Saber contar a própria história é fundamental para o seu senso de orientação no mundo. Para isso, você precisa conhecer o básico sobre você mesmo: o que pode e o que não pode fazer, o que permanece no centro dos seus interesses, o que te puxa para baixo. Sem essa clareza, você viverá sua vida não com base nas suas capacidades reais, mas com base nos rótulos que, com maior ou menor acerto, foram colados em você. Examinar-se é necessário: visualizar o relevo da sua história, identificar os pontos onde você constantemente cai, saber o que permanece no foco da sua atenção. Assim se toca no fio condutor da própria vida, que irá costurar a sua personalidade. Dessa forma deixa-se de ser um boneco de papel para ser alguém de carne, osso, sangue correndo nas veias e coração pulsante. Sem um olhar sincero para si mesmo, só lhe restará orientar-se pelos rótulos que os outros lhe foram pregando ao longo da sua vida. E, quem vive com base em rótulos, não vive: faz POSE. Suas más inclinações não podem ser uma força cega sobre você: é preciso encará-las. A sorte é que ninguém é criativo em ser ruim, não é mesmo? Oscilando entre razão e emoção, somos 5% a primeira e, pasmem, 95% a segunda. O que justifica querermos fazer algo e não conseguirmos realizar. Isso explica também, sabermos exatamente o que fazer e não realizarmos como planejado, o que gera grandes frustrações com nós mesmos. E mais uma vez, isso justifica o porquê do ser humano viver, na maioria das vezes, fazendo POSE. E POSE não é real, não é verdadeiro. É desejar, almejar, sobreviver. Um ótimo exemplo disso são as Redes Sociais. Sorrisos, luxo, paz, plenitude…, perfeição do SER e da VIDA. Nunca foi tão fácil sobreviver mostrando ser, fazer e ter o almejado, sustentando aparências que alimentam o meio externo e desnutrem o interior. E cada vez mais esse estilo que permeia toda uma sociedade, vai tomando a forma de uma realidade, na maioria das vezes, inexistente e frustrante, que gera dor, angústia e um palco de comparações e inúmeras competições. Conhecer-se, examinar-se profundamente, permite o equilíbrio e controle das suas emoções. Trabalhando a insatisfação, comum no meio em que se vive atualmente, permitindo-se avaliar o que é bom ou ruim para si. Retirando os filtros impostos pela sociedade, consegue-se obter a chamada Imunidade Emocional e viver a plena realidade, sem precisar fazer pose, sem precisar sobreviver… e assim, desenvolver o respeito e amor-próprio, com liberdade e independência.