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“Iluminação vai muito além do posicionamento da caixinha”

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“Iluminação vai muito além do posicionamento da caixinha”

Usar a iluminação a favor de um projeto arquitetônico é a grande sacada da última década. Contudo, uma boa iluminação requer conhecimento das técnicas e dos produtos que se vai utilizar.

“Um projeto de iluminação vai muito além do posicionamento das caixinhas”, diz o arquiteto e lighting designer Daniel De Riggi, que atua na área há mais de dez anos.

Em entrevista ao Blog da DirectLight, Daniel, que é de São Carlos (SP), alertou para o cuidado que se deve ter na execução do projeto de iluminação. Isso porque existe muita variação em relação à qualidade do LED, principal fonte utilizada atualmente na maioria dos projetos.

O entrevistado contou que 95% das luminárias externas que usa em seu trabalho são da DirectLight, justamente por ter a garantia de que o resultado vai ficar como esperava.

Formado em 2001, Daniel deu uma verdadeira aula durante a entrevista. Com dicas que podem ser úteis tanto para estudantes de arquitetura quanto para arquitetos atuantes na área e profissionais que trabalham com construção. Confira!

 

O que te encantou nessa área quando você começou a trabalhar com iluminação?

Na realidade, essa área não me encantou, mas me assustou (risos). É que iluminação não é uma disciplina abordada nas faculdades. Então eu não tinha conhecimento, era tudo novo para mim, o que tornava o processo de aprendizagem interessante. O assunto também era muito interessante.

E na verdade foi um complemento ao trabalho que meu sogro, Hélio Bottomed, já desenvolvia. Ele não é arquiteto, então fui acrescentando esse conhecimento técnico ao trabalho desenvolvido.

Até então ele fazia todos os desenhos à mão e, quando entrei, começamos a passar tudo para computador, o que facilitou e agilizou bastante o processo e a qualidade do serviço oferecido.

 

O caminho percorrido foi muito longo?

Quando eu comecei, trabalhava com iluminação e arquitetura. E foi assim até 2009, quando decidimos que a empresa se voltaria exclusivamente para a área de iluminação porque a demanda havia aumentado.

Já estávamos atendendo toda a região de São Carlos e tínhamos expandido mais.

Um dos primeiros projetos que realizamos foi o da Pró-Vida em São Paulo, na Marginal Pinheiros. A partir desse, fomos trabalhando em vários outros projetos. Fizemos projetos em Campinas, Campos do Jordão, Macaé, enfim, temos projetos espalhados para todo lado.

Mas foi um trabalho de formiguinha. No início, eram raros os projetos de iluminação que tínhamos aqui: Catedral, Praça Coronel Salles, Teatro Municipal, Clube de Golf do Dhama. Na verdade, eram projetos pontuais, não tínhamos quase projetos de iluminação.

Esse projeto da Catedral, inclusive, nos rendeu o Prêmio City People Light, da Philips, em 2007. No início era muito difícil porque não existia uma consciência de que era importante ter um projeto de iluminação.

 

Houve resistência?

No início, boa parte dos profissionais de São Carlos nos via como concorrentes. Ao longo dos anos, isso se modificou. Hoje, os arquitetos já nos reconhecem como parceiros, porque não fazemos mais projetos de arquitetura, fazemos iluminação, que é um conhecimento que tivemos que buscar para nos desenvolvermos.

Então quando eles precisam de um cuidado maior com a iluminação, eles recorrem a um profissional. E com isso eu consegui firmar várias parcerias, não só na cidade, mas em toda região.

E é uma área que se atualiza com muita frequência?

Sem dúvida, exige aprimoramento e atualização constantes. A área de iluminação se desenvolve com a velocidade da luz (risos). Desde quando começou a utilização do LED, efetivamente, como fonte de luz, isso até em nível mundial, a evolução foi muito rápida, ano a ano.

O tipo de fonte de luz, de LED, de lâmpada, enfim. E, obviamente, também foram aparecendo os problemas que ao longo dos anos foram sendo resolvidos, o que fez a eficiência do LED aumentar.

Hoje temos inúmeras fontes de luz e recursos de iluminação que antes não existiam. O LED promoveu uma ruptura muito grande.

Todo profissional que trabalha com iluminação já sabia o efeito de uma lâmpada incandescente de 100 Watts, por exemplo. E quando entrou o LED, houve uma ruptura, porque a relação entre potência e fluxo, ou seja, o quanto a fonte de luz consome para o pacote de luz que ela entrega era muito diferente.

Essa ruptura foi muito difícil, porque os profissionais perderam total referência. A migração para essa nova tecnologia foi custosa para quem trabalhava com iluminação, isso em meados de 2005, 2006. Mas essa mudança permitiu um aperfeiçoamento muito grande na área.

 

E hoje ainda há muita resistência quando se fala em iluminação?

Ainda há muita resistência em relação à qualidade da luz. O LED pode ter várias procedências, algumas não muito boas. Por exemplo, alguns LEDs não conseguem ter uma fidelidade com temperatura de cor, por exemplo.

E como você escolhe os produtos? O que prioriza?

Já existem no mercado várias opções de iluminação; depende muito do ambiente onde são colocadas.

Você tem que levar em consideração as dimensões do ambiente. Depois disso, a decoração, a arquitetura de interior do ambiente, mobiliário, layout de mobiliário…

Então para definir uma luminária, eu tenho que ter algumas informações na mão para depois poder seguir exatamente o projeto. Tem que levar em consideração vários aspectos para se chegar à luminária ideal para aquele ambiente. Precisa ter um pouco de feeling também, além da técnica.

Muitos arquitetos colocam no escopo de projeto “iluminação”, o que faz o cliente entender que essa questão está resolvida. Mas na realidade, alguns profissionais só colocam os pontos de caixinha de laje e não especificam que tipo de luminária deve ser usada, ou que tipo de fonte de iluminação em cada local. Às vezes, nem posição da luminária tem. Isso não é um projeto, é simplesmente o croqui de posicionamento de caixinha.

 

Você comentou que 95% dos produtos que usa são da DirectLight. Por que faz esta opção?

Porque eu sei qual LED é utilizado e qual lente é utilizada. Conheço o processo de montagem da peça, então o primeiro ponto é a qualidade. E quando eu falo em qualidade, não estou me referindo apenas ao produto, mas à qualidade de iluminação que o produto proporciona.

O resultado é uma soma de fatores. É lógico que tudo isso tem um custo agregado, mas é um custo que vale muito a pena, porque o resultado é garantido. E não é difícil convencer o cliente que vale a pena.

Crédito: por Fabio Ventura lighting designerprojeto de iluminaçãotendências iluminação

Por |2019-09-29T17:18:47-03:00setembro 29th, 2019|

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